Urticária: conheça a doença popularmente conhecida como ‘empolamento’

Na Policlínica, o tratamento é feito pelo Ambulatório de Urticária Crônica e Angioedema, considerado um centro especializado internacionalmente reconhecido (UCARE)

Ontem (01/10), foi celebrado o Dia Mundial da Urticária, doença que provoca lesões avermelhadas na pele, popularmente conhecidas como “empolamento”. As manchas coçam e desaparecem rápido, sem deixar cicatrizes e podem vir acompanhadas de um inchaço mais duradouro. As causas, em geral, são variadas e estão relacionadas a atividades cotidianas, como usar certas peças de roupa ou ter contato com determinado alimento ou substância.

As manchas têm motivos variados e são classificadas como contínuas, se permanecerem por mais de seis semanas, ou agudas, caso durem menos. Cerca de 20% da população deve manifestar o segundo tipo em algum momento ao longo da vida, explica Gabriela Dias, a alergista e coordenadora do ambulatório de Urticária da Policlínica Universitária Piquet Carneiro (PPC/UERJ). Ele é provocado pelo contato com determinados alimentos, condimentos e medicamentos ou por picada de insetos ou infecções, sempre de maneira esporádica, sem que a urticária reapareça a cada vez.

O que provoca as manchas?
Já entre os motivos que podem acarretar a urticária contínua (ou crônica), o mais comum é o atrito, causado pelo uso do sutiã ou pelo cós de alguma peça, por exemplo. Outros fatores geram uma pressão sobre a pele, como carregar bolsas pesadas, usar roupas apertadas ou ficar em pé por horas, e, assim, também podem levar ao aparecimento das manchas. “É muito comum em balconistas, em pessoas que trabalham por muito tempo na mesma posição”, reforça a alergista. Há ainda a urticária causada pelo aumento da temperatura corporal por alguma atividade realizada pelo indivíduo, como exercício físico, banhos quentes e bebidas alcoólicas.

Na mesma lista de causas da urticária contínua, podem ser incluídos o calor e a exposição aos raios solares, além do frio, o único tipo que oferece risco fatal. A vibração sobre a pele, estimulada por atividades como andar de bicicleta, cavalgar, usar um cortador de grama ou uma britadeira, por exemplo, e o contato com plantas, certos animais, alimentos, cosméticos e produtos químicos também podem gerar alguma reação. Em casos mais raros, até mesmo a água pode se apresentar como um agente causador.

Por outro lado, a urticária contínua pode não ter seus causadores bem definidos e, nesse caso, é chamada de espontânea. O tratamento é feito com anti-histamínicos e outros métodos de barreira. Algumas medidas que aliviam os eventuais incômodos são aplicar água fria, usar roupas soltas e de textura lisa e evitar a exposição ao sol.

O ambulatório
Na Policlínica, o Ambulatório de Urticária Crônica e Angioedema realiza o tratamento da doença, sendo considerado um centro especializado internacionalmente reconhecido (UCARE). Funciona às segundas, das 8h ao 12h, e às quintas, das 13h às 15h, no serviço de Alergia e Imunologia, e o acesso é feito pelo Sistema de Regulação (SISREG) ou por encaminhamento interno. O Ambulatório se destaca por integrar o paciente nas decisões, permitindo que ele próprio avalie o quanto a urticária impacta as diferentes áreas da sua vida, seja no trabalho, no sono ou no lazer.